Aprovadas em Plenário as indicações para diretorias de Anatel e ANP
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O Plenário do Senado aprovou na tarde desta terça-feira (7) as indicações de Emmanoel Campelo de Souza Pereira para o Conselho Diretor da Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Dirceu Cardoso Amorelli para a
diretoria da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP). Amorelli é servidor de carreira da agência desde 2005 e dirige atualmente a Superintendência de Exploração do órgão, enquanto Emmanoel Campelo assumirá a vaga de Igor Vilas
Boas de Freitas, cujo mandato termina em novembro.Emmanoel Campelo de Souza Pereira
A mensagem de sua indicação (SF) 67/2017
foi aprovada por 48 votos a favor e 10 contra. O relator da matéria na
Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) foi o senador Eduardo Braga
(PMDB-AM).Pela manhã, durante sabatina na CI,
Emmanoel Campelo esclareceu que nunca atuou como advogado de empresas de
telefonia. Ele defendeu uma decisão rápida para a recuperação da
operadora Oi, sob o risco de um “apagão de telecomunicaçõesâ€. O indicado
destacou que a empresa é a fornecedora exclusiva de telefonia e banda
larga em mais de 2 mil municípios.Campelo sugeriu o uso de recursos do Fundo
de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para a
ampliação do acesso à internet em banda larga. E cobrou a redução da
carga tributária para o setor, o que, segundo ele, facilitaria a
ampliação da área de cobertura.Emmanoel Campelo de Souza Pereira nasceu
em Natal (RN) e tem 36 anos. Doutor em Direito pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, ele integrou o Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) e é professor do Instituto Brasiliense de Direito Público
(IDP).Dirceu Cardoso Amorelli
Engenheiro de formação, Dirceu Cardoso Amorelli recebeu 58 votos favoráveis, 4 contrários e uma abstenção em Plenário. O atual diretor de Superintendência de Exploração da ANP foi indagado sobre a situação atual do pré-sal.
A mudança do regime de partilha para concessão na área do pré-sal foi
um dos temas mais recorrentes nas perguntas feitas pelos senadores
durante a sabatina do indicado na Comissão de Serviços de Infraestrutura
(CI). A questão ganhou força no final de outubro, quando o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia, anunciou que pautaria projeto que acaba com o
regime de partilha da produção no setor de petróleo.Pelo regime de partilha, implantado pelo governo do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva após a descoberta de reservas na área do
pré-sal, a empresa contratada para explorar uma área cede parte da
produção futura ao governo e paga um valor (bônus) na assinatura do
contrato. Já na concessão, a empresa paga um bônus maior à vista ao governo,
mas não precisa compartilhar a produção futura com a União. A empresa
assume o risco de encontrar ou não petróleo - se encontrar muito
petróleo, não precisa dividir a produção com a União, apenas pagar
royalties.O relator da indicação, senador Eduardo Braga (PMDB-AM) foi o
primeiro a questionar o indicado sobre a possível mudança. Em resposta,
Amorelli frisou que cabe à ANP apenas regular e executar o regime
definido pelo governo em conjunto com o Congresso. Já a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) perguntou ao indicado se o
regime de partilha é adotado em outros países que são grandes
produtores de petróleo. Amorelli destacou que os dois modelos apresentam
vantagens e desvantagens e que o mais importante é dar previsibilidade
ao mercado.Fonte: Agência Senado