Câmara aprova autorização para produção e comércio de remédios para emagrecer
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A emenda apenas especifica o tipo de receituário (B2) a ser usado pelo médico para indicar remédios controlados.
Bornier agradeceu aos parlamentares pela aprovação e lembrou que “o
projeto dará mais esperanças a milhões de brasileiros obesosâ€. Segundo
ele, com a proibição o acesso a esses medicamentos ficou descontrolado
devido ao mercado negro.Polêmica antiga
O tema tem sido tratado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) e pelo Congresso desde 2011. Naquele ano, a agência publicou a
Resolução 52/11 que proibia a venda de inibidores de apetite. A Anvisa justificou sua decisão com base na análise de mais de 170
estudos relacionados aos medicamentos, concluindo que não havia
comprovação de diminuição do peso corporal com seu uso, além de aumento
de risco cardiovascular entre os usuários.O grande uso dessas substâncias também contribuiu para a decisão. Em
2010, foram prescritas quase 4,5 milhões de receitas de remédios com
essas substâncias.A venda voltou a ser liberada depois que deputados e senadoresaprovaram, em 2014, um projeto publicado como Decreto Legislativo 273/14 para suspender a proibição da Anvisa.
Dados daquela época indicavam que metade da população brasileira
estava acima do peso, dos quais 20% eram obesos. Mudanças de hábito –
como a troca do feijão com arroz, carne e salada por comida
industrializada – levaram o Brasil ao 5º lugar no ranking mundial da
obesidade.Nova decisão
Após o decreto legislativo, a Anvisa publicou nova decisão
(Resolução 50/14) com um regulamento técnico sobre o assunto, prevendo
que as empresas interessadas em comercializar medicamentos contendo
mazindol, femproporex e anfepramona deverão requerer novo registro à
agência, cuja análise técnica levará em consideração a comprovação de
eficácia e segurança dos produtos.Segundo a norma, as farmácias só poderão manipular esses medicamentos
quando houver algum produto registrado na Anvisa. Quando as substâncias
tiverem registro, tanto o produto manipulado quanto o produto
registrado passarão a ter o mesmo controle da sibutramina. Já a produção industrial e a manipulação da sibutramina continuam
permitidas. Porém, o regulamento mantém o mesmo controle já definido
para a comercialização da substância, com retenção de receita,
assinatura de termo de responsabilidade do prescritor e do termo de
consentimento pós-informação por parte do usuário.Fonte: Agência Câmara Notícias